quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Crônica: Política


Era época de eleição, ele nunca sabia quem iria escolher, pois sabia que nenhum deles cumpriria seu dever. Cumpririam um pouco, mas nunca totalmente.

Não entendia muito de política. Bom, na verdade ele não entendia nada de política, mas não era inteiramente culpa dele. Uma parte era, pois ninguém nunca o impedira de pesquisar sobre o assunto. Mas a outra parte não era erro seu, pois nunca teve ninguém que o influenciara, sempre evitaram o assunto, pois é muito complicado e agora lá estava ele em época de eleição sem saber em quem votar, de novo. Tinha começado a assistir propagandas políticas para ter uma ideia do que estava acontecendo. Mulher Pêra? Tiririca? Que piada! Como eles tinham coragem de brincar com uma coisa tão séria? Claro que é engraçado ver sobre uma pêra da paz, um candidato dizendo que a situação pior que tá não fica e que não sabia o que estava fazendo lá ou até mesmo uma banda que entrou para a política, mas mesmo assim achava errado. Imagine ver a Mulher Pêra mexendo com os interesses de uma cidade, estado ou até mesmo do Brasil! Queria votar em alguém que estivesse certo que faria a diferença e que investisse bilhões na educação. Esses políticos ganham mais que ele em um ano inteiro em apenas um mês e ainda têm a coragem de ter auxílio isso, auxílio aquilo, roubar do povo e mandar seus filhos para estudarem no exterior! Mas na hora de construir escolas realmente boas, pagar professores de colégios públicos, políciais que todos os dias arriscam as suas vidas, pagam uma miséria!! Esses realmente mereciam mandar seus filhos estudarem nos Estados Unidos ou na Europa! Claro que se começassem a investir na educação, mas investir mesmo, não iria surtir efeito tão rapidamente, mas talvez daqui a uns vinte anos teríamos orgulho da educação brasileira. E ainda deveria existir uma lei dizendo que todos os filhos de políticos têm que estudar em escolas públicas, pois assim começariam a valorizar os estudos. Por que os filhos de pobres têm que ter menos que os filhos de ricos? 

n  Professor Luís? O sinal tocou, tem que voltar pra sala de aula.
n  Nossa! Já? Obrigado Cris.

Que rápido que esse recreio passou! Ficou tão absorto em seus pensamentos que esqueceu que estava na escola. Bom, agora era hora de voltar para seu trabalho de professor do CEU de Paraisópolis … .

2 comentários: